O Solar do Unhão foi construído no séc. XVII, em sítio histórico, em terras pertencentes a Gabriel Soares e doadas por testamento aos Beneditinos no séc. XVI.
No séc. XVII, 1690, residia o Desembargador Pedro de Unhão Castelo Branco. No início do séc. XVIII, o Solar foi vendido a José Pires de Carvalho e Albuquerque, que estabeleceu morgado (propriedade que não pode ser vendida, é herdada pelo primogênito).
Por volta de 1740, surgem as primeiras notícias sobre a construção da Capela do Solar. No mesmo século, a casa recebeu feições mais requintadas, tendo sido colocados o chafariz e os painéis de azulejo portugueses no passadiço que ainda hoje dá acesso ao pavimento nobre do Casarão. A Capela é reedificada e consagrada à Nossa Senhora da Conceição. Após esse período áureo, ao final do mesmo século, a fazenda do Unhão passa a ser conhecida como Solar do Unhão.
No início do séc. XIX, o Solar foi arrendado, iniciando a partir daí um processo crescente de degradação do conjunto, com a instalação sucessiva de fábricas, incluindo uma de rapé, que funcionou até 1926. Já ao final da década de 40, produziu derivados de cacau e manufaturas diversas, sediou oficinas e foi transformado em trapiche, depósitos de combustíveis e mais tarde, durante a 2ª Guerra Mundial, em quartel para os fuzileiros navais.
Em 1943, o Solar foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo depois, no início da década de 60, adquirido e restaurado pelo Governo do Estado da Bahia, com projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi, para instalar o Museu de Arte e Tradições Populares. A partir de 1966, passa a sediar o Museu de Arte Moderna da Bahia, que já vinha movimentando a cultura baiana desde a sua inauguração em 1960 no foyer do Teatro Castro Alves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário